quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Gravata


“Alguns envolvem o pescoço em grandes pedaços de musselina, outros tapam-no com almofadas pespontadas, sobre as quais, ainda por cima, aplicam alguns lenços de bolso”. Essa afirmação do escritor francês Honoré Balzac retrata bem o seu estranhamento em relação ao surgimento da gravata em meados do século XVII.
A gravata surgiu em decorrência da Guerra dos Trinta Anos, entre o Sagrado Império Romano-Germânico e a Aristocracia Boêmia Protestante, representada pelos franceses e suecos. A guerra entre católicos e protestantes foi responsável pela devastação da Europa entre os anos de 1618 e 1648. No exército francês, um grupo de mercenários croatas ficou conhecido pela vestimenta que usavam no pescoço, semelhante a um lenço com pontas em V. Os franceses logo aderiram a nova tendência “lançada” pelos guerreiros croatas. E sua aristocracia, ao final da guerra, também começou a usar os tais lenços no pescoço, com o intuito de conquistar a simpatia do povo francês. O rei inglês Carlos II, voltando do seu exílio na França, levou a nova moda para a Inglaterra. Daí para o uso da gravata se espalhar pelo resto do mundo foi um pulo.
No século XIX a gravata se populariza e surgem suas novas variações, como a gravata borboleta. Já no século XX, as mulheres também aderem à vestimenta, como forma de mostrar sua emancipação. Marlene Dietrich que o diga. E viva a gravata!

O início...


O meio....


O fim?

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