quarta-feira, 28 de maio de 2008

Brazilian bombshell


A brasileira Alice Braga é a nova tudona da vez, de acordo com a Vogue americana. A atriz abre a seção People are talking about, e é descrita como a responsável por enfeitiçar os colegas de trabalho de seu último filme, Crossing Over. Quem seriam esses colegas? Harrison Ford e Sean Penn. Alice já estrelou filmes brasileiros como Cidade de Deus e Cidade Baixa, e sua carreira em Hollywood começa a deslanchar. Acabou de lançar em Cannes Blindness, do também brasileiro Fernando Meirelles e tem mais dois filmes em cartaz nos Estados Unidos: Redbelt e Repossesion Mambo, em que contracena com Forest Whitaker e Jude Law. A sobrinha de Sônia Braga não perde tempo, e segundo a revista, herdou da tia a sensualidade. É a mais nova bombshell brasileira.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O estilo Clarice

Clarice Lispector é conhecida no mundo inteiro por seus textos fortes, marcantes, capazes de virar o leitor pelo avesso, destruir todas as suas convicções em relação ao ser humano e ainda assim fazê-lo se apaixonar por ela. A intensidade de Clarice também passeia pelo "frívolo" mundo da moda, vide seu livro Correio Feminino. Para nós, fashionistas de plantão, é interessante analisar e também contemplar o jeito Clarice de se vestir ao longo de sua vida. E descobrir que ela sabia como ninguém usar a moda a seu favor.

Clarice, à direita, com as irmãs Tânia e Elisa, em Recife, 1927. Todas bem anos 20: cabelos curtíssimos e silhueta andrógina.


Clarice adolescente, acaba de mudar-se para o Rio, em 1937 usa saia de cintura alta com camisa de mangas curtas.

A recém-formada advogada com as luvas de couro do momento, no Palácio do Itamaraty, em 1941.


Recém-casada, em 1940, exibe seu cocktail dress, hit da estação.

Clarice em Nápoles, 1944, com vestido frente-única

Clarice acompanha o marido diplomata em suas viagens. Nesta foto, com Bluma Wainer, usa casaco de pele e vestido em Berna, na Suiça, 1946.


Os chapéus das mulheres de Berna causaram espanto em Clarice. "Uma das coisas mais horríveis do vestuário das bernenses, no verão ou no inverno, é o chapéu. São os chapéus mais esquisitos, mais altos, enormes, grossos e de forma estranha que eu tenho visto".


Esquiando na Suiça, modelito esportivo.

Em 1954, usando sobreposições, faz o que sabe melhor: escrever.

Com os filhos, em 1959, toma sol em Copacabana com maiô da época.

Em 1970, Clarice investe nos acessórios.

* Fotos do livro recém-lançado Clarice-Fotobiografia.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Como é difícil ser rico

Ser rico deve ser muito difícil. Principalmente no que diz respeito às escolhas. São tantas opções, todas ao seu alcance, que deve até ser muito chato também. A Luxurious Faire em Munique, na Alemanha, reúne todas as "necessidades básicas" dos milionários: jóias, iates, carros esportivos, aviões, relógios, celulares e perfumes cravejados de brilhantes, obras de arte, casas maravilhosas... Ah! E uma seção só para jogadores de golfe, porque rico que é rico sabe jogar golfe.

Frasco de perfume com cristais Swarovski

Vai um sofazinho aí?


C'est la vie


Celular básico de diamantes por 139 mil euros. Não vale ficar bêbada e perdê-lo na balada

quinta-feira, 15 de maio de 2008

The Supremes


O Victoria & Albert Museum abriu suas portas na última terça-feira para a exposição The story of The Supremes. A exposição foca no estilo das várias garotas que fizeram parte do grupo no decorrer do tempo, dentre as quais a mais famosa é com certeza Diana Ross. Mostra como o seu empresário, Berry Gordy, conseguiu criar um estilo que inserisse a cultura negra na sociedade americana e fizessem os brancos valorizá-la por isso.
Quem passar por Londres até o dia 19 de outubro não pode perder. Para saber mais sobre a exposição, clique aqui.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A Moda por Walter Benjamin

O filósofo alemão Walter Benjamin, homem à frente do seu tempo, como era de se esperar, reuniu em seu livro Passagens pequenos trechos sobre a nossa tão querida moda. Segue abaixo uma seleção dos trechos mais legais.

"Cada estação da moda traz em suas mais novas criações alguns sinais secretos das coisas vindouras. Quem os soubesse ler, saberia antecipadamente não só quais seriam as novas tendências da arte, mas também a respeito de novas legislações, guerras e revoluções — Aqui, sem dúvida, reside o maior encanto da moda, mas também a dificuldade de torná-lo frutífero."

"Formulação minha: O eterno, de qualquer modo, é, antes, um drapeado de vestido do que uma idéia."

"A moda consiste de extremos. Como ela, por natureza, procura os extremos, nada mais lhe resta ao abandonar uma determinada forma senão remeter-se extamente ao seu contrário. Seus máximos extremos: a frivolidade e a morte."

"Nascimento e morte — o primeiro, pelas circunstâncias naturais; a segunda, por circunstâncias sociais — limitam consideravelmente a margem de liberdade da moda, quando se tornam atuais. Este estado de coisas é realçado por uma dupla circunstância. A primeira refere-se ao nascimento e mostra como a recriação natural da vida é "superada" pela novidade no domínio da moda. A segunda refere-se à morte. No que concerne à morte, ela não aparece menos "superada" na moda, quando esta liberta o sex appeal do inorgânico."

"As modas são um medicamento que deve compensar na escala coletiva os efeitos nefastos do esquecimento. Quanto mais efêmera é uma época, tanto mais ela se orienta na moda."

"Uma perspectiva definitiva sobre a moda oferece-se apenas pela observação de como para cada geração aquela que a precedeu imdetiatamente parece ser o antiafrodisíaco mais radical que se possa conceber. Com este julgamento, ela não está tão errada como se pode imaginar. Há em cada moda algo de sátira amarga do amor, cada moda contém todas as perversidades sexuais da maneira mais impiedosa possível, cada uma comporta em si resistências secretas contra o amor. Vale a pena confrontar-se com a seguinte observação de Grand-Carteret, não importa quão superficial ela seja: "É pelas cenas da vida amorosa que se percebe, na verdade, aparecer todo o ridículo de certas modas. Estes homens, estas mulheres, não são eles grotescos em gestos, em poses, pelo topete extravagante em si mesmo, pelo chapéu de copa alta, pelo redingote ajustado à cintura, pelo xale, pelos chapéus de abas largas, pelos pequenos borzeguins de tecido?" O confronto das gerações passadas com as modas tem então uma importância muito maior do que se imagina habitualmente. E é um dos aspectos mais importantes do costume histórico de empreender isso sobretudo no teatro. A partir do teatro, a questão do costume penetra profundamente na vida da arte e poesia, nas quais a moda é, ao mesmo tempo, mantida e superada."

Tá bom ou quer mais? ;)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Gordinha fashion

Na Gloss de maio saiu um editorial de moda super bacana. G de gostosa mostra roupas incríveis para quem está acima do peso. Tudo justinho e sexy, provando que não precisa sair por aí igual um balão se você está acima do peso. Eu achei um espetáculo, além do que a modelo é linda e estilosa, dá um super banho em muita magrinha por aí.





domingo, 11 de maio de 2008

Fofocas fashionistas (Porque ninguém é de ferro)

Morreu no último sábado em Londres o produtor musical Tarka Cordell, ex-namorado de celebridades como Sienna Miller, Kate Moss e Lily Allen. Tarka era fillho de Dennis Cordell, produtor de bandas como The Cranberries. Ele cometeu suicídio depois de retornar de uma viagem à Índia. As tudonas compareceram ao enterro para prestar à sua solidariedade à família, todas de preto (o que em Londres não é novidade nenhuma).

E um antes e depois de Amy Winehouse mostra a diferença da forma física (e até do astral, reparem) da cantora. Será que tem rehab para engordar?


sábado, 10 de maio de 2008

O Futuro é agora



Uma jaqueta que te massageia enquanto você joga videogame e uma roupa que reage à poluição do ar parecem ser criações de um futuro bem distante. Pois a exposição Second Skin: Imaginative Designs in Digital & Analog Clothing, que acontece em São Francisco, na Califórnia, mostra exatamente o contrário. "Perceber a moda é começar a decodificar tendências na arte, cultura e na expressão humana", afirma o site da exposição.

Artistas, designers, estilistas e suas vertentes são os responsáveis por verdadeiras invenções científicas "fashion". Desde uma roupa capaz de armazenar energia, até um ziper capaz de conduzi-la. Uma prova de que mais uma vez a moda ultrapassa o campo superficial e vai fundo, olha pra frente sem se esquecer do passado. Adoro isso!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

E viva o exagero!

E pegando carona no post abaixo, a acorrentada Amy Winehouse já teria previsto. Nos últimos desfiles de Outono-inverno do Hemisfério Norte, os colares cresceram e apareceram. Grifes como Givenchy, Balenciaga, Dries Van Noten, Burberry e Marc Jacobs investiram pesado no exagero, seguindo diferentes abordagens. O estilo é bem 'árvore de Natal". Chega até a ser artístico, por sinal.

Dries Van Noten


Vera Wang


Louis Vuitton


Gucci


Burberry Prorsum

Givenchy

terça-feira, 6 de maio de 2008

Banho de sol

A trouble-maker Amy Winehouse se vira bem quando o assunto é moda. No último feriado britânico, a cantora foi fotografada pelo jornal The Daily Mail com uma amiga tomando um banho de sol, sob um "calor" de 21º. O traje de banho? Um lenço vermelho de bolinhas brancas foi amarrado como um super sutiã, e o short jeans bem curto fez o papel de calcinha. Ah, o aplique de cabelo devia estar de folga, pois Amy usava um turbante na cabeça. Pra estilista nenhum botar defeito.

domingo, 4 de maio de 2008

My favourite band (and t-shirt)

A camiseta nossa de todos os dias surgiu em 1880, quando marinheiros americanos sentiram a necessidade de um uniforme mais flexível, que permitisse a eles a realização de tarefas mais complicadas. Na Segunda Guerra Mundial, a t-shirt já era uniforme obrigatório entre militares e marinheiros, tornando-se também um símbolo de virilidade e força. À medida que a Guerra avançou pelo mundo, os soldados americanos perceberam que a camiseta branca, tão útil para os marinheiros, fazia deles um alvo fácil nas batalhas. A solução? Tingi-las com café moído, que resultava na cor camuflada que conhecemos hoje. Foram também os soldados os super lançadores de moda da época, mais ainda quando começaram a silcar suas t-shirts com o número de seus batalhões.
Em 1950 a t-shirt cai nos braços, ou melhor, no corpo de Marlon Brando no filme Um Bonde Chamado Desejo e começa a sua peregrinação fashion. De Brando para James Dean em Juventude Transviada foi um pulo. Ponto para a t-shirt!
O primeiro artista a usar a camiseta como propaganda foi Elvis Presley, em 1956. Não se sabe ao certo, mas dizem por aí que t-shirts de Heartbreak Hotel foram distribuídas aos fãs por Colonel Tom Parker, empresário do ídolo. Logo os Beatles e a banda The Monkees seguiriam o caminho das band t-shirts.
As camisetas que compramos como souvenir nos shows de hoje também surgiram por acaso. Em 1973, no festival The Summer Jam at Watkins Glens, em Nova Iorque, o marketeiro musical Bill Graham se juntou a designer Ira Sokoloff, que desenhou camisetas específicas para o concerto, com a participação de bandas como Grateful Dead e Allman Brothers. Mais tarde veríamos camisetas desse tipo nos shows dos Rolling Stones, Sex Pistols, Nirvana e até Madonna e Michael Jackson. Quem nunca teve uma que atire a primeira pedra.
E hoje, será que estrelas como Paris Hilton e Britney Spears realmente curtem o som dos Ramones? Provavelmente não. Mas o que acontece quando o merchandising de uma banda ultrapassa o mais importante, que são as suas músicas? Seria o amor pelo vintage a razão dessa tendência? Se as roupas que escolhemos nos representam, o que Paris e Britney estariam querendo dizer?