terça-feira, 27 de novembro de 2007

Retro 40

Mal chegamos na primavera e os fashionistas já se reúnem para discutir o que será moda nas próximas coleções de Outono-Inverno 2008. De acordo com o jornal inglês The Daily Mail, o look must-have da estação é todo inspirado nos anos 40. Incluindo o cabelo ondulado suavemente preso em um coque acompanhado do marcante batom vermelho. O vestido de manguinhas com o comprimento logo abaixo do joelho tem a cintura bem marcada e deixa as mulheres bem femininas. Nos pés, escarpins com bico arredondado. Para conferir as dicas de quatro londrinas apaixonadas pelo vintage dos anos 40, clique aqui.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Gisele aos 15

A grife mineira Patachou, na coleção Primavera-Verão 95/96, apostou suas fichas em uma modelo em início de carreira, de apenas 15 anos, ninguém mais, ninguém menos que Gisele Bundchen. Abaixo seguem algumas fotos do catálogo, uma raridade redescoberta por esta blogueira, que coleciona catálogos de moda desde que se entende por gente. Fotografada por Bob Wolfenson, esta campanha também apostou em um outro talento em ascensão: a coordenação foi toda feita por Ana Luiza Magalhães, nova estilista da Maria Bonita Extra.





domingo, 18 de novembro de 2007

Victoria's Secret Show

Na última quinta-feira a Victoria's Secret lançou mais uma coleção no Kodak Theatre, em Hollywood. Com lingeries temáticas, com temas como tigres, zebras, melindrosas e cyber-models, as tops brasileiras Isabel Goulart, Alessandra Ambrósio, Adriana Lima e Isabeli Fontana foram outra atração à parte. Para completar, show das Spice Girls, que retornaram em grande estilo.




sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Dupla imbatível

Pra não dispensar o vestido em dias de frio, uma boa opção é usá-lo com meia-calça preta. O look estava presente na última festa de gala da Vogue, aquecendo as pernas das convidadas em grande estilo. Para conferir o restante das fotos, clique aqui.


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O Jeans nosso de cada dia


Um exemplo da relação estilo e moda é o jeans. Criado em 1850 pelo americano Lévi-Strauss, o jeans surgiu da necessidade de uma roupa mais resistente pelos trabalhadores das minas do oeste americano. Levi Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com a lona que possuía, deu-as aos mineradores e o sucesso foi imediato. Altamente resistente, as peças não estragaram com facilidade. Estava criado o jeanswear, o estilo reforçado de confecção, o qual foi originalmente destinado a roupas de trabalho. A partir de então, cada vez mais os trabalhadores utilizavam o jeans para exercer suas tarefas mais árduas e de exigência física. Entretanto, o jeans só passou a ser utilizado no dia a dia, já no século XX.
Com seu aparecimento no cinema, encabeçado por James Dean e Marlon Brando, a roupa começou a associar-se ao conceito de juventude rebelde, conquistando este público. Cowboys de asfalto com suas Harley-Davidsons aterrorizavam a Califórnia. Elvis Presley em 1957 já usava seu jeans, e desde então rock e jeans são inseparáveis. Novas modelos como Marilyn Monroe e Jayne Mansfield também usavam jeans apertado para mostrar como uma trabalhadora tradicional poderia ser sexy. Há também o aparecimento do movimento hippie, que adotou o jeans por sua funcionalidade e seu baixo custo. Jaquetas e calças jeans viraram febre para uma juventude independente que se reunia e celebrava seu estilo de vida em festivais de rock como Woodstock e Monterey.
O jeans só chegou a conquistar o restante da população após a proliferação social do seu conceito como roupa despojada e do cotidiano, sem perder seu charme e elegância. Consagravam-se os gigantes do jeans, como Levi’s, Lee e Mustang.
Calvin Klein foi o primeiro estilista a colocar o jeans na passarela. Foi na década de 70 e isso provocou os mais conservadores. Mesmo assim foi seguido pelos demais estilistas da época e o jeans definitivamente conquistou seu espaço na sociedade.
A comodidade e a praticidade que o jeans proporciona, aliadas a sua fácil manutenção foram definitivos para sua fixação como vestuário básico. Numa época em que estamos cada vez mais sem tempo livre esses fatores são fundamentais.
Percebe-se também a introdução e continuidade do jeans nos ambientes de trabalho mais formais, em escritórios, grandes empresas e instituições financeiras, principalmente após a instituição da sexta-feira como o “Casual Day” e muitas vezes a abolição total da obrigatoriedade do uso de terno e gravata.

VALOR DE CONSUMO X VALOR ESTÉTICO

Atualmente o jeans é mais um exemplo dos paradoxos da moda. Elevado a categoria de roupa de luxo, deixou para trás suas raízes proletárias e chega a custar mais de R$ 1 mil. Dotado de um grande valor estético desde sua criação, o jeans hoje destaca-se mais pelo seu valor de consumo. O consumidor, ao comprar um jeans de luxo, além de manifestar sua individualidade estética, está também adquirindo status. Uma prova dessa busca incessante por status é que o jeans de luxo, nos últimos quatro anos, foi a categoria de vestuário que mais cresceu comercialmente, de acordo com uma pesquisa realizada pelo NPD Group, de Nova York. Nada mais natural em uma cultura de massa que valoriza o superficial, o consumismo, o materialismo e, acima de tudo, a aparência. Muniz Sodré, em seu artigo “O olhar da grande distinção”, cita a inauguração da megaloja Daslu, em São Paulo, para ilustrar essa relação entre valor de consumo e valor estético. Segundo o jornalista, o que a cliente da Daslu busca é a distinção da massa. E afirma: “Ao pagar 5 mil reais por um jeans ou mesmo 30 reais por uma hora de estacionamento, o que de fato se está comprando é um reconhecimento distintivo”. E o valor de consumo, juntamente com o valor estético nada mais é do que esse reconhecimento distintivo.


JEANS: CULT OU KITCSH?

O Kitcsh é um fenômeno universal, assim como o jeans. Ambos exprimem uma maneira de ser, um estilo. A palavra Kitcsh, originalmente alemã, designa uma negação do autêntico, uma opulência de meios para negar essa autenticidade. Atualmente, como um reflexo da indústria cultural, esse objeto kitsch nada mais é do que um produto para ser consumido. O jeans, através de bricolagens, customizações, releituras e reciclagens adquire um status kitsch, pois rompe com o autêntico e mistura valores culturais, criando um estilo peculiar.
Mas pode o jeans ser cult? Atualmente, o jeans já pode ser visto como um objeto cult. A Forum foi uma das primeiras grifes brasileiras a dar ao jeans esse status, ao lançar o livro, "Photojeanic - The Cult Jeans", em que uma constelação de fotógrafos nacionais e estrangeiros clicou modelos históricos de jeans obtidos de colecionadores.
Cult ou Kitcsh,a veneração, o culto, a importância histórica, social e cultural do jeans persiste até os dias de hoje, e a tendência é se tornar cada vez mais forte.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Tomara que caia!!!

Mais uma nova tendência londrina que para nós não é nenhuma novidade: o tomara-que-caia. Seja em vestidos ou blusas, a dica é colocar com um bom sutiã por baixo e caprichar nos acessórios. Se você não se sente segura usando este tipo de blusa ou vestido, coloque um top de alcinha estampado ou colorido por baixo e aproveite!

sábado, 3 de novembro de 2007

Moda e Guerra na França

A Segunda Guerra foi a comprovação que os franceses e o resto do mundo precisavam para entender a importância da moda na sociedade francesa. Durante a ocupação alemã nos anos de 1940-1945, os franceses resistiram bravamente e criativamente às tentativas alemãs de dominação. Depois de terem o controle da política e da economia francesa, os alemães se lançaram em busca daquilo que os franceses tinham de mais precioso: a moda. Com o objetivo de transformar Berlim na capital mundial da moda, os alemães usaram de várias estratégias para atrapalhar o trabalho da alta costura francesa e controlar a moda na Europa. Estratégia estas que incluíam proibição de materiais específicos, como couro e lã, redução da metragem de tecido, que passou a ser um terço da habitual, e até mesmo um vale-vestuário, que permitia a troca por meias, blusas e calças.
Acima, costureiras remendam meias. Abaixo, posto de trocas de roupas velhas por pontos têxteis no vale vestuário.

Entregue aos inimigos, os franceses começaram a usar do improviso para se vestir. A utilização de retalhos foi uma das saídas encontradas pelas donas de casa para a escassez de tecidos, assim como roupas velhas e usadas tornaram-se novas com o talento das costureiras francesas. O jornalismo de moda teve grande importância no período, pois ajudava as donas de casa com dicas e conselhos. Revistas como Figaro, cujo editor se negou a ceder ao controle alemão, insistia em um guarda-roupa que durasse mais que uma estação, com peças que fossem intercambiáveis e confeccionadas com o mínimo de tecido possível. E por incrível que pareça, estes conselhos são muito aplicados nos dias de hoje, principalmente por aqueles que não tem condição econômica de estar mudando o guarda-roupa a cada estação. Com a restrição de tecidos e a pouca variedade de roupas, os acessórios ganham espaço e passam a ser destaque no visual. Os chapéus são febre em Paris, com modelos extravagantes e algumas vezes até de gosto duvidoso.
Chapéus extravagantes são a saída das francesas para valorizar o look.
No que diz respeito aos tecidos, devido ao armistício, que previa a entrega de lãs e produtos acabados à Alemanha, as fibras artificiais como o raiom e a fibrana ganham espaço e fazem grandes progressos. O plano Kehrl estimula o uso de matérias-primas como a madeira e a celulose na indústria têxtil, e a falta de seda faz com que o uso de seda sintética seja difundido, além do uso de tecidos fabricados a base de viscose e de acetato para substituir a lã pura. Os jornais da época questionaram o uso desses materiais, com enquetes a respeito do futuro do vestuário francês. “Nos vestiremos amanhã com bambus de Provence?”, perguntava o periódico Matin.
A ditadura alemã foi tamanha que chegou a estabelecer um código de normas a serem seguidos pelos estilistas da alta costura francesa. Neste código, itens como um modelo que contenha renda, um modelo inteiramente feito de renda, um modelo com o tule como tecido principal e 10% dos modelos com bordados, eram seguidos à risca pelos criadores franceses. Os peleteiros, única mão de obra capaz de fabricar casacos, luvas e roupas quentes para os soldados foram a chamada exceção da regra durante a ocupação alemã. Sendo todos judeus, um código também foi criado pelo ocupante, permitindo que os judeus peleteiros trabalhassem normalmente.
Com o fim do conflito, o fenômeno da moda não tem a mesma significação que em 1939. A moda se democratiza, e passa a ser não só um privilégio da classe mais alta da sociedade. O feito sob medida não é mais a sua única vertente. Surge uma moda feita para o cotidiano, mais prática e funcional. A alta costura começa a dar lugar ao prêt-à-porter, que anos depois superará o trabalho “feito à mão”. Mais do que uma vitória da indústria da moda, tem-se uma vitória da cultura francesa. A moda passa a ser um patrimônio cultural da sociedade francesa. Uma prova de que nada no mundo rouba ou se apropria do conhecimento e da tradição de um povo.

Vestuário típico francês durante a Segunda Guerra: sapato plataforma, bolsas práticas e motivos florais.

Me leva lá!!!: Quem quiser saber mais sobre o papel da moda na França durante a Segunda Guerra, uma boa dica é o livro Moda e Guerra - Um retrato da França ocupada, de Dominique Veillon. Disponível no site da Livraria Cultura.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Capriche nos óculos!

Nada como um belo par de óculos para nos deixar mais bonitas. Isso mesmo. A dica é caprichar nos óculos. Escolha um modelo que caia bem no seu rosto e encarne a intelectual com estilo.