Eu uso botas

O estilo "hípico" de se vestir é fonte de inspiração para muitos estilistas do hemisfério norte para a coleção de Inverno 2009. Hoje o que se vê nas ruas são botas de cano alto vestidas com jeans skinny e leggings, seja no Inverno ou no Verão (ai que calor!). Mesmo neste clima quente (infernal na verdade) dá para adaptar a tendência usando um short jeans ou um vestidinho romântico com essas botas. É estiloso e até prático no caso das chuvas de Verão que encharcam nossos sapatos no fim do dia.

Tô roxa!

Não tem pra ninguém. Nem para o rosa, nem para o vermelho e até mesmo o clássico preto. O mundo está roxo. Roxo de inveja, ciúme, orgulho. Roxo de ódio, raiva e tristeza. E por que não roxo de pura alegria? Muito cuidado, pois o roxo está dominando o mundo! Já se apossou dos nossos pés, através de sandálias, escarpins e sapatilhas. Já se apossou do nosso corpo através de vestidos, calças e blusas. Dos mais radicais já se apossou até dos cabelos e do rosto. (Dá-lhe maquiagem!). Fuja rápido ou entregue-se, a escolha é sua!

*Fotos da Elle inglesa de novembro.

Panton para colorir a vida!

O dinamarquês Verner Panton é famoso no mundo inteiro pelo design da cadeira que leva o seu nome. Mas o que pouca gente sabe é que o designer além dos famosos móveis, luminárias e ambiente descolados, também cria tecidos de cair o queixo. O trabalho de Panton é marcado pelas formas inusitadas e por cores, muitas cores. Os tecidos ganham estampas às vezes psicodélicas, às vezes clássicas, mas sempre muito coloridas. Os objetos também são destaque, e assumem até um ar meio surrealista. Não deixe de conhecer o trabalho de Panton mais a fundo, no http://www.verner-panton.com/.

Panton por ele mesmo

Panton chair

Tecidos

Tecido surrealista

Parede surreal

O inventor do pan-cake

A reportagem principal do caderno Mais! de 12 de outubro, do jornal Folha de S. Paulo, foi toda dedicada ao livro de Fred Basten, Max Factor - O homem que mudou as faces do mundo, sobre a vida de Max Factor, inventor do pancake. Mais do que uma nova maquiagem, o pancake foi responsável por revolucionar a indústria do cinema hollywoodiano.

O russo chegou em Los Angeles em 1904, fugindo das ameaças do Czar Nicolau 2º, para quem trabalhava. A infância gasta em balcões de farmácia e em salões de beleza, onde atuava como cabeleireiro serviram como laboratório para o futuro cosmetólogo, que mais tarde abriria uma loja própria em Moscou para depois ser adotado pela corte russa. Ao chegar em Hollywood Max foi facilmente absorvido pela indústria do cinema. Ao testemunhar uma filmagem em um terreno baldio da cidade, ficou intrigado com a maquiagem que os atores usavam no rosto. Eram pastas muito grossas, usadas no teatro, que misturavam vaselina, farinha, toucinho e amido de milho, rachando completamente em decorrência do movimento facial dos atores. Factor então criou “uma pintura teatral em forma de creme, em vez de bastão, de consistência ultrafina, completamente flexível na pele e produzida em 12 tons de gradação precisa”. Atores do cinema como Charles Chaplin e Buster Keaton aplaudiram a criação do russo.

Em 1920, com a chegada do som nas filmagens, as lâmpadas de tungstênio foram escolhidas para serem usadas no lugar das antigas, feitas de arcos de carbono e famosas por serem barulhentas. O barulho saiu de cena mas deu lugar ao calor, que derretia toda a maquiagem dos atores. Mas nada disso foi empecilho para Max Factor, que juntamente com seu filho Frank, modernizou a antiga fórmula do que mundialmente seria conhecido como pan-cake. O nome se deve ao recipiente da maquiagem, em formato de bolo. A nova maquiagem era mais sólida, e quando aplicada com esponja úmida uniformizava a pele e escondia imperfeições. Estava criada a invenção do século. Agradeçam a Max Factor.

Max Factor pondo a mão na massa

Casa de bonecas by Viktor & Rolf

Viktor e Rolf não são irmãos, mas há quem diga que os dois são siameses. A dupla de estilistas holandeses mais vanguarda do momento não se desgruda, e termina até as frases um do outro. Suas criações refletem um mundo peculiar, onde formas e texturas escapam às regras tradicionais. Os subversivos de plantão são fãs, os fashionistas mais ainda. Já as pessoas comuns acham tudo muito estranho e porque não, pitoresco. Polêmicas à parte, o fato é que, querendo ou não, a dupla ocupa importante espaço no mundinho. Não foi à toa que a galeria londrina de arte Barbican dedicou uma exposição inteira aos trabalhos dos estilistas, que criaram bonecas para vestir suas criações. A casa de bonecas de Viktor & Rolf fez sucesso, e para quem não teve a sorte de participar deste momento, digamos assim, histórico, o livro The house of Viktor & Rolf serve de consolo. Dá para ver toda a evolução das coleções e se deliciar com seus temas: "No", "Shalom" e "Upside down" são alguns deles. Pois bem, aperte o cinto e descubra o fantástico mundo de Viktor &Rolf! Abaixo, as minhas bonecas preferidas:

Eu quero!!!!

Sacolinha do kaiser Lagerfeld desfilada na Semana de Moda de Paris! Para poucos e bons...

MC Newton!

A ModelsConnect Magazine de outubro desafia a lei da gravidade e dedica toda a sua edição ao físico Isaac Newton. Os editoriais de moda com certeza são fonte de inspiração para muitos stylists por aí, vanguardistas na medida certa. As reportagens infelizmente não estão presentes nesta edição, mas mesmo assim vale a pena dar uma xeretada. Vai lá! http://www.mcmag.co.uk/

Beetlejuice, Beetlejuice, Beetlejuice

Quem nunca se divertiu com o "besouro suco" do filme Os Fantasmas se divertem que atire a primeira pedra. Uma das obras primas do diretor Tim Burton, o filme estrelado por Michael Keaton, Geena Davis, Alec Baldwin e Winona Rider assusta no início com sua estética macabra. O figurino mistura peças típicas dos ano 80 com modelos clássicos e até atuais (repare no vestido de renda vermelha que Winona usa para se casar com Beetlejuice). O vestido da falecida personagem de Geena Davis também cairia bem com uma bota de cano alto, e seu marido está na última moda: sua camisa xadrez que o diga. Beetlejuice, ou o besouro suco, também não fica para trás. Usa terno branco listrado e até gravata borboleta! Quer matar saudade do besouro? Corra até a locadora mais próxima!

Beetlejuice, ou Besouro Suco

Vestidinho romântico e camisa xadrez, tendências

Vestido de noiva nem um pouco convencional

Africa vanguardista

Você não precisa estudar nas melhores escolas de moda do mundo para ser um estilista de sucesso. Basta dar uma olhada na população tribal africana formada pelos países do Kênia, Etiópia e Sudão e entender que o ato de se produzir é humanamente natural, e muito mais antigo do que se imagina. O fotógrafo Hans Silvester se aventurou pelo triângulo destes países africanos e descobriu que apesar das guerras civis constantes na região, a tradição de se ornamentar com objetos naturais como raízes, flores, folhas e frutos ainda permanece. Tudo feito com o intuito de se mostrar para os outros membros da tribo. Mais vanguarda impossível.

Folhas secas formam um chapéu

A flor serve de batom para colorir os lábios, e as folhas viram um arranjo de cabelo

Brincos de banana?

Arco de flores

Arco de frutas

Colar de folhas, batom de flores

Seria um arco ou um cabide?

Além das flores, tem que ter muita maquiagem

*Para saber mais, o livro a seguir é a solução: Natural Fashion: Tribal Decoration from Africa by Hans Silvester, editora Thames and Hudson.