quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Gravata


“Alguns envolvem o pescoço em grandes pedaços de musselina, outros tapam-no com almofadas pespontadas, sobre as quais, ainda por cima, aplicam alguns lenços de bolso”. Essa afirmação do escritor francês Honoré Balzac retrata bem o seu estranhamento em relação ao surgimento da gravata em meados do século XVII.
A gravata surgiu em decorrência da Guerra dos Trinta Anos, entre o Sagrado Império Romano-Germânico e a Aristocracia Boêmia Protestante, representada pelos franceses e suecos. A guerra entre católicos e protestantes foi responsável pela devastação da Europa entre os anos de 1618 e 1648. No exército francês, um grupo de mercenários croatas ficou conhecido pela vestimenta que usavam no pescoço, semelhante a um lenço com pontas em V. Os franceses logo aderiram a nova tendência “lançada” pelos guerreiros croatas. E sua aristocracia, ao final da guerra, também começou a usar os tais lenços no pescoço, com o intuito de conquistar a simpatia do povo francês. O rei inglês Carlos II, voltando do seu exílio na França, levou a nova moda para a Inglaterra. Daí para o uso da gravata se espalhar pelo resto do mundo foi um pulo.
No século XIX a gravata se populariza e surgem suas novas variações, como a gravata borboleta. Já no século XX, as mulheres também aderem à vestimenta, como forma de mostrar sua emancipação. Marlene Dietrich que o diga. E viva a gravata!

O início...


O meio....


O fim?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

And the Oscar goes to...

A primeira cerimônia do Oscar aconteceu em 1929, mas seu status de evento grandioso e glamouroso por qual é conhecido atualmente só tomou forma no final da década de 40. E com a cerimônia de entrega dos prêmios (antes, os prêmios eram entregues durante um jantar) surgiu juntamente com o tapete vermelho e as estrelas de Hollywood os seus maravilhosos trajes de gala. A maior colecionadora de Oscar e modelitos de cair o queixo com certeza é Audrey Hepburn, cinco vezes indicada, uma vez vencedora, por A Princesa e o Plebeu. Mas Grace Kelly, Julie Andrews e as atuais Nicole Kidman e Gwyneth Paltrow também fizeram bonito. Abaixo você confere a história dos modelitos de algumas das vencedoras do prêmio de melhor atriz de 1963 até 2007.

Audrey Hepburn, de Givenchy, em 1953, vencedora do prêmio com A Princesa e o Plebeu


Grace Kelly com Marlon Brando, em 1954, com o Oscar por Amar é Sofrer


Audrey Hepburn com a vencedora Julie Andrews, em 1964, atriz de Mary Poppins


Cher veste Bob Mackie, em 1987, depois de ganhar o prêmio pela atuação em O Feitiço da Lua



Gwyneth Paltrow, de Ralph Lauren, em 1998, vencedora por Shakespeare Apaixonado

Nicole Kidman, em 2002, recebe o Oscar pelo filme As Horas vestindo Jean Paul Gautier


Marion Cotillard, de Jean Paul Gautier, prestes a receber o Oscar de melhor atriz por Piaf

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Food Porn

Uma matéria hoje na Ilustrada, do Jornal Folha de S. Paulo, aborda a nova tendência da culinária, a food porn, que é nada mais do que o uso de fetiche para, digamos assim, abrir o apetite (em todos os sentidos e variáveis). Um bom exemplo é a apresentadora Nigella, que estréia programa no dia 29 deste mês no canal GNT. Outra que usa das mesmas armas, mas não é tão conhecida por nós, é a ítalo-americana Giada De Laurentiis.

E quais seriam essas armas capazes de abrir o apetite até dos mais anoréxicos? Um bom decote, um rebolado ao ritmo do remexer das colheres e, por que não, aquela sexy lambida nos dedos para checar o sabor do prato em questão. Mas o interessante mesmo é a montagem desses pratos, basicamente com estética erótica, em formatos de seios, pênis e vaginas. Paris Hilton já aderiu a nova moda. Será que pega?



Nigella, ícone da food porn


Food porn por ela mesma




Acima, food porn e suas variáveis fashion

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Irá Salles

Formada pela Parsons School of Design em Nova Iorque, ex-assistente de ninguém menos que Carolina Herrera, essa baiana é responsável pelas bolsas mais singulares e bem trabalhadas dos últimos tempos. Todas feitas com trabalhos manuais, são de um estilo étnico, sem serem muito caricatas, e pra lá de sofisticadas. Levantam qualquer produção.
Me leva lá!!!: Irá Salles



domingo, 17 de fevereiro de 2008

Dame Vivienne

Depois de nove anos afastada da London Fashion Week, Vivienne Westwood retornou às passarelas londrinas na última quinta-feira prestigiada por uma platéia de peso, como Lily Allen e Kelly Osbourne. A estilista apresentou a sua segunda linha, Red Label, já que a principal, Gold Label, é apresentada todos os anos em Paris.
O desfile causou furor por trazer de volta Dame Vivienne, como os ingleses carinhosamente a chamam, a uma semana de moda famosa pela variedade de novos talentos e pela falta de designers de peso.
A coleção apresentou peças usáveis, com um estilo punk para a High Street. Vestidos, casacos, e terninhos com modelagem diferenciada foram a base da coleção. Tudo bem no estilo Westwood de ser, mas sem perder o tino comercial, o que difere bastante da sua Gold Label, visivelmente mais conceitual.








* Fotos do site Style.com

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Looks Saint-Tropez

Tá certo que quando o assunto é verão e praia nós brasileiros somos imbatíveis. Mas dá pra aprender a sofisticar os looks com os gringos. Dá só uma olhada no que rola nas ruas de Saint-Tropez:








* Fotos do site Style.com

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Across the Universe com os Beatles

Já imaginou um musical com uma trilha sonora 100% Beatles? E ainda por cima com um cenário e figurino que se complementam perfeitamente em cada cena? Acroos the Universe já vale pelas músicas, mas os fashionistas de plantão não podem reclamar, afinal o filme concorre ao Oscar este ano na categoria de Melhor Figurino.
A estória de uma turma de jovens em Nova Iorque no final da década de 60, em plena guerra do Vietnã, toma rumos inesperados quando um deles é convocado para a guerra. A partir daí, passeatas pela Paz são programas constantes, no que antes era “sexo, drogas e rock’n roll”. Há inclusive a participação especial de Bono Vox, do U2, como Dr. Robert, cantando I am The Walrus.
O mais interessante no que se refere ao figurino é a sua discrição em relação à cenografia. Todo montado em tons pastéis, bem no estilo do movimento hippie (mas sem exageros), está constantemente se contrastando com o cenário de cores vibrantes, ora de paredes psicodélicas, ora de bonecos coloridos. Uma verdadeira viagem Across the Universe.




terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

China Design Now

Todo mundo conhece a expressão Made in China, principalmente aqueles viciados em etiquetas. O Victoria & Albert Museum, em Londres, realiza a partir do dia 15 de março a exposição China Design Now. Tomando como ponto de partida três cidades da costa chinesa, o evento mostrará o renascimento cultural da China, que emerge no mundo como a mais nova potência econômica. Em Shenzhen, no sul do país, o visitante conhecerá mais sobre o design gráfico chinês, em Shangai, sobre a moda e o estilo de vida urbano (oba!!!) e em Beijing conhecerá mais sobre a nova arquitetura.
Os privilegiados que estiverem em Londres não podem perder. Para o resto dos mortais, dá pra saber mais sobre a exposição clicando aqui.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

GOD SAVE THE PUNK!!!

O punk não morreu. Continua lutando contra o sistema, embora muitas pessoas não dêem a ele o crédito merecido. O movimento surgiu em 1976, logo depois da invenção do sintetizador portátil, que deu origem a mega shows, com direito a orquestra e coro de vozes incluídos. Um exemplo básico é o show do ex-integrante da banda Yes, Rick Wakeman. Com muita tecnologia e pouca música, a revolta foi geral, e a situação ficou, ou melhor, virou, punk.

O termo punk teve um dos seus primeiros registros por volta de 1500, quando nós aqui no Brasil ainda estávamos sendo descobertos. E o responsável por isso foi Shakespeare, mais uma vez provando que é um homem de visão. Na sua comédia pouco conhecida “Medida por Medida”, uma das falas é: “Casar com um punk, meu senhor, é apressar a morte”.

O mais interessante do punk é o fato dele ter surgido e ser lembrado como um movimento musical e fashion. O que seriam dos punks sem suas calças rasgadas, suas jaquetas de couro tacheadas, suas correntes, seus coturnos e seus moicanos? Com certeza não seriam tão punks. A moda, no caso, exerceu um papel importantíssimo, afirmando, revelando e refletindo uma nova identidade, assim como toda uma filosofia de vida e um movimento político: o anarquismo.

The Bromley Contingent, berço do movimento punk

O responsável pela criação do punk foi Malcom McLaren, dono da loja londrina SEX, juntamente com Vivienne Westwood, estilista mais famosa do movimento. McLaren aceitou o convite de dois clientes assíduos de sua loja, Steve Jones e Paul Cook (conhecidos também como ladrões de carros, microfones, guitarras, amplificadores e afins) para empresariar a nova banda. Juntaram-se a Glen Matlock, vendedor da SEX para finalmente conhecerem John Lydon, ou Johnny Rotten, como seria mais conhecido, por causa dos dentes estragados. (Rotten, em inglês, significa podre).


SEX, onde tudo começou.


A partir disso surge o Sex Pistols, e a filosofia punk de Johnny Rotten, “Nós não estamos interessados em música, estamos interessados em CAOS”, ganha as ruas de Londres e o mundo. Para acompanhar as músicas curtas e pesadas, com letras anarquistas, o visual tem o preto como cor predominante, as roupas são de segunda-mão e customizadas com alfinetes e correntes, os cabelos cortados em moicanos e pintados com cores fortes, como azul, verde e vermelho. No rosto, olhos marcados de preto e pele coberta com tinta branca. A platéia punk é um espetáculo à parte, e seu comportamento descontrolado nos shows talvez seja um dos motivos do punk ser visto como um movimento violento.


Vivienne Westwood acompanha o show do Sex Pistols do palco


No fim de 1976 o Sex Pistols assina contrato com a gravadora EMI e participa de um dos programas ao vivo de maior audiência da Inglaterra. No programa tradicional, bem estilo “família inglesa”, Johnny Rotten choca o país ao dizer o primeiro palavrão na televisão britânica: Fuck off. A imprensa faz uma cobertura voraz do fato e o compacto Anarquia no Reino Unido entra para a parada de sucesso. GOD SAVE THE QUEEN! Logo depois o baixista Glen Matlock sai da banda e o punk conhece quem seria o seu maior símbolo: Sid Vicious. A partir daí as bandas The Clash, The Damned, Heartbreakers e Sex Pistols saem em turnê pela Inglaterra, para logo depois ganharem a América. E o que parecia a glória, foi o fim. Em 1978, durante turnê nos Estados Unidos, os Pistols se separam devido a várias brigas entre os integrantes. Steve Jones e Paul Cook partem em rumo ao Brasil (isso mesmo!) para conhecerem Ronald Biggs, famoso ladrão inglês, ídolo dos punks e morador do Rio de Janeiro. McLaren, Sid Vicous e Rotten voltam para a Inglaterra.

Sex Pistols com Buckingham Palace ao fundo

*Fotos do site de Ray Stevenson.

** Leitura obrigatória para quem quer saber mais sobre os punks, inclusive do movimento no Brasil: O que é Punk? - Antônio Bivar

Abaixo imagens do encontro de Paul Cook e Steve Jones com Ronald Biggs no Brasil, ao som de No one is Innocent. Imperdível!!!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

ModelsConnect Magazine

A nova edição da revista eletrônica inglesa MC Magazine já está on-line e é toda dedicada ao Brasil. Há desde dicas de livros sobre o país até um mini-guia com o melhor de algumas capitais brasileiras, entre elas Rio, Sampa, Floripa, Salvador e Belém do Pará. O melhor é o editorial de moda, fotografado em uma favela. A sessão de street fashion também está bacana, com muita gente estilosa.

Me leva lá!!!: MC Magazine

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Blogs na moda

Os blogs de moda estão na moda. Para saber mais, é só acessar a reportagem do Diário do Grande ABC. O "Fashionistas, graças a Deus!" deu a sua contribuição para a matéria. Passa lá pra conferir!
Me leva lá!!!: Diário do Grande ABC - Blogs na moda